quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Filhos de Santo

O que é ser um filho-de-santo

Os filhos-de-santo são os sacerdotes dos orixás, da mesma forma como, na Igreja Católica, os padres são os representantes de Deus.
Nem todos, porém, são preparados para “receber” os santos.
Existem os que cuidam dos filhos-de-santo quando os orixás “baixam”, os que sacrificam os animais, os que tocam os atabaques e os que preparam a comida.
Os búzios, usados como instrumento de adivinhação, é que vão dizer qual é a função de cada um.
A entrada para essa hierarquia é por indicação do orixá.
É o que se chama “bolar no santo”.
 O desenvolvimento
A Gira de Desenvolvimento na Umbanda inicia-se com o aprendizado teórico, depois as entidades dos médiuns já desenvolvidos se manifestam formando uma corrente, para a puxada nos médiuns iniciante.Em alguns centros o desenvolvimento consiste em colocar quem é médium de incorporação dentro da corrente de trabalhos espirituais, aonde ele vai aprendendo lentamente sobre todo o ritual e de vez em quando o guia chefe "puxa o guia dele".

Em outros o desenvolvimento é feito em um dia à parte, só com a participação dos mediuns já desenvolvidos e os que estão se desenvolvendo, com os mais "velhos" auxiliando os mais "novos" a darem seus primeiros "passos".

Abrimos os trabalhos com esta função: Desenvolver a mediunidade de incorporação nas pessoas que a possuem a faculdade de incorporar espíritos.
Hierarquia
 
Existem muitas formas de hierarquia dentro da Umbanda, mas, todas seguem um padrão parecido. Demonstrarei a seguir:
Abiã (noviço ou noviça): É a pessoa que começa a frequentar o terreiro como assistente, e em muitos casos, com a intenção de se ingressar na religião. São aquelas pessoas que frequentam regularmente as cerimônias sem que sejam iniciadas, ou seja, frequentam como Assistentes. São os fieis da Umbanda, e não os iniciados.

Cambono (a) (o grande ajudante anônimo do terreiro): É quem tem todas as obrigações modestas do terreiro, é o grande trabalhador anônimo. Lembrando que o Cambono, ainda não é um iniciado, ou seja, não é feito no santo, é simplesmente um ajudante.

Yaô (filho ou filha de santo): Pessoa que se inicia na religião. É o verdadeiro filho ou filha de santo. É quem poderá cuidar do terreiro um dia ou fundar o seu próprio.

Yabacê (cozinheira de santo): É a encarregada de preparar as comidas ritualísticas da Umbanda e do Candomblé. É uma Yaô com uma função de prestígio. Sendo que, esse nível, é muito pouco usado na Umbanda, pois as oferendas de Umbanda, são feitas de maneiras bem mais simples do que no Candomblé, na maioria dos casos
Nota importante sobre os Ogãs: É importante notar que, os Ogãs Alabês e os Ogãs Axoguns, não incorporam, são feitos diretamente nesses níveis a pedido dos Orixás, e, não por vontade própria. É importante também notar que, tanto os Axoguns quanto os Alabês são Ogãs de igual forma. É importante salientar aqui que, os Ogãs são responsáveis pela organização e divulgação do terreiro, junto ao chefe do mesmo.

Yakekerê (mãe pequena): Substituta da (o) chefe do terreiro.

Babakekerê (Pai pequeno): Substituto do (a) chefe do terreiro.

Yalorixá (Mãe de santo): Maior autoridade feminina dentro da Umbanda.

Babalorixá (Pai de santo): Autoridade máxima na Umbanda. O Babalorixá, exerce as funções de Babalaô (mão de jogo ou mão de Ifá), Babalossaim (mão das folhas ou mão de Ofá) e Babaogê ou Babaogé (sacerdote de Egum). Após 21 anos de feitura, o Babalorixá, passa a ser chamado de Babalaô em muitos terreiros, apenas para demonstrar a sua experiência, pois já é conhecedor do Ifá, e é o tempo (14 anos) que o sacerdote tem, para se tornar um profundo conhecedor de teologia negra.

Babalaô (é o Pai de Santo, após 21 anos de feitura): Após 21 anos de feitura, o Babalorixá, passa a ser chamado de Babalaô. É onde é demonstrado o conhecimento bem mais aprofundado do sacerdote, pois este mesmo, após o recebimento do Deká, deverá se entregar totalmente a religião e a teologia. Lembrando que este nível, não é usado em todos os terreiros de Umbanda, e, são poucos os que usam.

Outros cargos, só que mais usados no Candomblé e, em certas nações

Cota (noviça): Nome dado a uma mulher que entra no terreiro com a intenção de se ingressar na religião. Geralmente a sua primeira obrigação, é ajudar a Iabacê ou a Ialorixá em pequenas tarefas. É como se fosse o Abiã, mas só as mulheres são chamadas de Cota, pelo menos até onde consegui pesquisar.

Jibonã: É a primeira pessoa (mulher) antes da chefe do terreiro (Ialorixá). Em alguns terreiros, essa graduação não existe, pois ela nada mais é, do que uma Iaquequerê vista com melhores olhos pela chefe do terreiro perante as outras substitutas.

Apetebi: Mulher filha de Oxum. Em muitos terreiros, é a única mulher que pode jogar os búzios. É muito raro se ver terreiros de Umbanda que usem este nível, porem nos terreiros de Candomblé, é muito comum, em algumas nações.

Ialaxé : Aquela que cuida dos axés dos orixás, como os pós, os pigmentos, as ferramentas, e os “temperos” das comidas sagradas
Babalaô: É quem faz o jogo de búzios, obís e demais adivinhações. Porém o Babalorixá, exerce esta função dentro da Umbanda. Sendo que na África, em algumas nações, e no Candomblé, ele tem maior poder que o próprio Babalorixá, sendo que quando o Babalorixá quer fazer um Yaô, ele recorre ao Babalaô para saber o Olóri e o Eledá do iniciado. O Babalaô, é o Babalorixá após vinte e um anos de feitura em muitos terreiros de Umbanda. É um tempo para estudos. Na África, a pessoa é preparada para ser Babalaô dês de criança, em uma vida repleta de sacrifícios e restrições.

Babalossaim: Homem responsável pela a colheita das ervas sagradas e pela preparação de remédios naturais a base de plantas. Também é um nível que não existe na Umbanda, existindo apenas em alguns Candomblés. Na África, este nível é de grande sacrifício, impedindo o sacerdote até de comer carne pelo resto da vida.

Babaogê ou Babaogé: Sacerdote de Egum. É o responsável pelo culto aos antepassados no Candomblé. Lembrando que esse nome pode variar.

Nota: Lembrando que os nomes, podem mudar de acordo com a nação do Candomblé, mas, exercem a mesma função, havendo, algumas vezes, pequenas diferenças devido a forma de culto de cada nação.


 
 
Obs; Todos as informaçoes contida neste artigo forrão copiadas de varios sites importantes de umbanda, sendo eu estar ciente que este artigo tem editor proprio, agradeço aos irmão de fé pela oportunidade de dilvulgar estes artigos, Thamara Paiva.



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Orixás Regentes de 2012 Oxalá - Oxum e Xangô

orixas regentes do ano de 2012

Oxalá, seguido de Oxum , Xangô, bésen,obaluaê e nanãEsses orixás regem devido a faixa vibratória em que se encontra o mundo, mas cabe aqui uma observação: Assim como temos um Orixá que nos rege mas também trabalhamos com outras entidades as quais tem vibrações diferentes, o mundo e o ano de 2012 serão regidos pelos orixás citados, porém cada lugar tem sua necessidade especifica, sendo assim, Oxalá, Oxum e Xangô regem juntamente com o especifico da casa.
conselho,viva e se deixe viver,pois a vida é curta e nunca sabemos quando chegará nossa hora.ass.thamara paiva de oxum

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

INTRODUÇÃO


A Umbanda é paz e amor,
É um mundo cheio de luz,
É força que nos dá vida,
E a grandeza nos conduz.
Hino da Umbanda (trecho)
 
Falar de Umbanda,nos dias de hoje,é mais que realizar um mero estudo teológico sobre as manifestações ritualísticas de seus cultos,nas suas mais diferentes vertentes, pois para esboçar um quadro histórico,ritualístico e social das tradições e manifestações da Umbanda no Brasil, hoje, é necessário delimitamos,em primeiro lugar, o que é Umbanda.
Vamos falar, primeiramente ,de religião: do latim
Estabelecido esse conceito, podemos dizer que a Umbanda é por primazia, uma religião em todos os aspectos, e também uma seita, não de maneira pejorativa, mas no sentido primero da palavra,com seus tantos seguidores fiéis quer á religião, quer a toda prática religiosa que ela congrega.
Essa prática religiosa tem fundamentos doutrinários bem distintos, embora uma grande parte dos rituais possa variar de Templo para Templo, de Casa para Casa, alguns preceitos são fundamentais e encontrados na maioria dos lugares, o que faz com que possamos generalizar, com certa ressalva e cuidado, para todas as formas de Umbanda.
Junto a esses, existem outros fundamentos tão importantes,a obediência a ensinamentos básicos dos valores humanos, como fraternidade, caridade e respeito ao próximo. Para o umbandista praticamente a caridade é uma máxima encontrada em todas as manifestações existentes, além de que, ele só segue uma doutrina,uma regra,uma condulta moral e espiritual, em geral modelada de maneira diferenciada em cada casa, mas que existe para nortear os trabalhos de cada terreiro.
Ultrapassada essa fase de entender os conceitos e conhecer os fundamentos, é necessário que falemos das origens da religião. Sabemos que a Umbanda, embora possuidora de uma padrão ritualístico próprio e distanciado de qualquer outro, formou-se devido á junção de pelo menos quatro religiões: os diferentes cultos africanos trazidos pelos escravos negros provenientes da África; o catolicismo, base religiosa de todo o processo colonizatório brasileiro; as religiões de diferentes povos indígenas do próprio território; e mais recentemente ao instituir-se, no século xx, o espiritismo de Allan Kardec, principalmente.
Para finalizar esta breve intrudução, é nessesário dizer algo muito importante: os conceitos aqui relatados podem diferir daquelas que são parâmetro e dogma em muitos templos por se tratarem de uma visão generalista histórica, e não detalhada, mas panorâmica do culto em questão. Mais que uma religião, podemos dizer que a Umbanda é um conjunto de templos com diferenciadas práticas religiosas,possuidores de várias ramificações.Todas as ''Umbandas'' têm suas razões de existir e de serem cultuadas: neum ser humano, especialmente no que concerne aos deuses, é detentor de qualquer verdade universal. A verdade que nos liga ao transcendente é única e verdadeira apenas dentro de nossas almas.
religio que significa ''prestar culto a uma dinvidade'',''religar novamente'', ou simplesmente ''religar'', isso é, estabelecer ou restabelecer uma ligação,um contato in- trínseco entre o criador e cada indivíduo, pelos mais diversos meios de prática e estudo religioso. Ao falarmos de religião,estamos nos referindo a um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural,divino, sagrado, e transcendental,bem como o conjunto de códicos morais que derivam dessas crenças.